E o Derek morreu...
Nos últimos
dias um tema tomou conta de algumas redes sociais. Não foi a política. Não foi a
prisão do “Zé das Medalhas” (ex-presidente da CBF José Maria Marin), não foram
as mudanças na economia do Brasil. O grande tema foi a morte do doutor Derek
Shepherd.
Como assim,
minha senhora? A amiga dona de casa não sabe de quem estou falando? Derek era
um dos principais personagens da série Grey’s Anatomy que já está na 11ª
temporada e é exibida no Brasil pela Sony Television (canal por assinatura).
Não minha
senhora. Não é uma série gay. O nome é Grey’s. A mulher do falecido Derek,
Meredith Grey, é a personagem que dá nome à série. É o mesmo que a senhora
achar que Jornada nas Estrelas tem a ver com a família Skywalker. Desculpe-me a
franqueza, mas a senhora não sabe de nada...
_ O hospital tem convênio com o SUS?
Claro que não,
minha senhora. Por acaso a senhora acreditou naquele papo do Lula dizendo que
os Estados Unidos tinham que copiar o SUS? Ah, tá. Mas no primeiro espirro, ele
não foi para o SUS, foi para o Albert Einstein.
A Senhora ouviu
o que eu disse? A série está na 11ª temporada. Em que mundo a senhora vive? Por
acaso no dia em que o Derek morreu a senhora estava fofocando no portão? Vendo
programas de receitas? Dando pitacos no Facebook? Estava fazendo a janta?
_ Madame, o cara teve uma morte heroica, em um episódio
especial e a senhora preocupada em forrar o estômago? A senhora precisa rever
urgentemente as suas prioridades. Tá pensando o que?
Teve gente
falando até mesmo em fazer uso de antidepressivos por causa da morte do
McDreamy, como também era conhecido o Derek. E a senhora aí, preocupada em
encher a pança. Depois perde a guerra para a balança e diz que não sabe o por quê.
Dizem até que a Dilma pensou em dar três dias de luto oficial
diante da morte do personagem que era o mais querido da série.
O chororô dos
fãs (nem todos torcedores do Botafogo) se espalhou pelo mundo. Teve uma menina que prometeu chorar pelo resto
da vida (Fácil. Ganhe um salário mínimo no Brasil e você vai ter motivos para
chorar até mesmo depois que morrer). Houve quem ameaçasse cancelar a assinatura
da TV. Uma fã mais ardorosa jogou a televisão pela Janela assim que os aparelhos que
mantinham o Derek vivo foram desligados.
Minha senhora,
não sei nem como é que aquele hospital vai funcionar a partir de agora que o
Dr. Derek não está mais entre nós. Há quem ache que vai parecer hospital público no Brasil, com
gente na fila por horas para ser atendido (se for atendido). Enfim, tem tudo para virar,
realmente, o SUS.
Vou lhe falar
uma coisa. Que isto não se repita. Se outro personagem importante de série
morrer e a senhora passar em branco, só de castigo, vou colocá-la para assistir
a 10 programas seguidos do “Esquenta” que tenho gravados só para me torturar,
quando faço alguma coisa errada...
RIP Dr. Derek...
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