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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

DA SÉRIE: HISTORINHAS DO BIFÃO...

Camões iria preferir o suicídio...
Estamos diante de uma tragédia anunciada desde que começaram com a tal da “aprovação automática” e um “gênio” do MEC, certa vez, disse que não se deveria levar em consideração as palavras “mal escritas”, os erros de concordância, etc. Afinal de contas, o importante é a mensagem que o “aluno” queria passar.
Alega o MEC, para ter esta postura, que estamos em uma sociedade plural. Mas é exatamente o plural que a maioria não sabe como concordar. Tanto assim, que nos vemos muitos “os carro”, “nóis vai” ou “a gente vamos”, “os pessoal vão vim”. Isso quando “a gente” não vira funcionário do FBI, da CIA, da INTERPOL, ou um 007 e torna-se “agente”.
_ Outro dia alguém “adoçou” o que o amigo falou. A partir daí descobri que a “Língua Portuguesa” é diabética. Ela passou muito mal depois desse “adoço”.
Basta um passeio de alguns minutos pela Internet para presenciarmos uma avalanche de erros de português.
Estava pensando como Camões escolheria o seu suicídio, após ouvir alguns funks e ler algumas redações do ENEM. Certamente ele diria, antes de dar fim à sua própria vida:
_ Inês é morta, a Língua Portuguesa está indo pelo mesmo caminho e eu vou me matar...
Mas é por essa e por outras que se criam cotas e outros subterfúgios para tentar “dar um jeitinho” no que foi feito de errado antes. Houvesse uma educação de qualidade, com professores valorizados desde o Ensino Fundamental e as cotas seriam totalmente desnecessárias.
Mas é o “jeitinho Brasileiro” que pode ser apontado como responsável por mais de 500 mil provas com zero na redação. É tanto zero, que só podemos comparar aos “zeros” dos milhões roubados da Petrobras. Os caras vão fazendo “gambiarra” no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e assim segue o enterro. O enterro da Língua Portuguesa, tão cruelmente “assassinada”, sem direito a uma “legítima defesa”...
Nunca antes na história desta “Pátria Educadora”, tantos escreveram tão mal. Pelo menos há um consolo: Luís de Camões, Castro Alves, Machado de Assis, Monteiro Lobato (tão cruelmente perseguido e tratado como racista) e outros não viveram o bastante para presenciar este “Estupro e morte” da pobre “Língua Pátria”...

Um comentário:

Patrícia Campos disse...

Concordo contigo querido e muitos aplausos pela análise, crítica a nossa realidade... é com pesar que lamento os crimes hediondos virtualmente e pessoalmente..

É muito erro, e não pára de suceder..seja na escrita, na oral, nas redes sociais, caramba!

Se os nossos poetas, autores não estivessem mortos, estariam combinando que tipo de suicídio poderiam cometer.