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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

DA SÉRIE: HISTORINHAS DO BIFÃO

O futuro das crianças (às vezes os pais são os culpados) Parte 1.
Cheguei à conclusão de que o mundo está perdido e que os malfeitos de hoje são reflexos da infância mal acompanhada. Desde o tempo da vovó, nossas crianças vinham sendo mal influenciadas com as chamadas “cantigas de roda”. Hoje em dia poucas crianças sabem o que é isto (Elas só conhecem Facebook, Instagram e Whatsapp), mas o pessoal mais velhinho vai lembrar.
O que você acha que poderia acontecer a uma criança que ouviu a música “Atirei o pau no gato”? Claro que a possibilidade de tornar-se um delinquente era grande. Vejamos: trata-se de uma clara tentativa de homicídio contra o pobre bichano. O moleque não satisfeito, pois o gato não morreu, ainda tem a cobertura de uma tal de “Dona Chica”. Seria isto um apelido da velhota? E ela, para disfarçar, ainda se disse admirada com o “berro que o gato deu”. Ora, ela queria o que? Que depois de escapar de levar uma traulitada certeira do delinquente juvenil, o pobre gato ainda saísse saltitante e alegre por aí, como se fosse um ganhador da Mega Sena? Por acaso ela levou o pivete para o Conselho Tutelar? Claro que não. Essa velha e o “infrator” têm uma treta.
Mas não pense você que tudo acaba por aí. Ninguém pode reclamar dos caras que “saquearam” a Petrobras. Os pais deles é que vacilaram na hora de educá-los. Por acaso os pais dos corruptos nunca cantaram para eles a musiquinha sinistra chamada “Eu Fui no Tororó”?
Então me explique que diabos o cara foi fazer no “Tororó”? Diz ele que foi beber água. Por acaso mora em São Paulo e não tem água em casa? Será que a água do “Tororó” é do “Volume Morto”? Será que a água dele foi cortada por falta de pagamento? São várias as possibilidades. Que mau exemplo para os filhos...
Mas prossigamos. O cara foi ao tal “Tororó” e não achou água. Lá também estava com racionamento ou tratava-se de uma casa de “má reputação” que vendia bebidas alcoólicas para menores? E o que o cidadão encontrou lá? Uma bela morena que ele havia deixado por lá. O que a pobre criatura fez para merecer isso? Seria o “Tororó” um “cárcere privado”? E a mulher lá, sem água (só Deus sabe se havia comida para a pobre coitada). Se ele não sente sede, nem lembraria da infeliz que deixou por lá. Lei Maria da Penha no salafrário.
Nestas horas eu pergunto: Onde estavam os educadores que não viram isto? Depois não reclamem se o cara for parar na “Papuda” e fizer gesto com a mão fechada.
Outro exemplo sério é aquela coisa que chamam de “cantiga de ninar”, a tal do “Nana Neném”. O autor ameaça a pobre da criança dizendo que se ela não dormir a “Cuca vem pegar”. E quem era essa tal de “Cuca”? Seria outra versão do “Homem do Saco”? Como é que essa criança poderia conseguir dormir totalmente ameaçada e desamparada? Afinal de contas, segundo o autor, o pai foi para a roça e a mãe foi passear.
Que família é esta? Cada um para um lado e a pobre criança lançada à própria sorte? Por que não saíram juntos? Estão em processo de separação? E esta mulher só poderia ser uma biscate. Bastou o cara sair para a roça que ela ganhou o mundo. E o bebê que se vire com a tal “Cuca”.
Por sua vez, quem garante que o marido foi trabalhar mesmo na roça? Será que ele não tinha uma amante e a “roça” era o codinome dela? Que eu saiba ninguém vai para a “roça” no período da noite. Porém, com esta família, tudo pode acontecer...
Mas estas cantigas de ninar são barra pesada mesmo. Querem outro exemplo? A tal de “Boi da Cara Preta”. O irresponsável mandava o “bovino com as feições afrodescendentes” pegar a criança que tinha medo de careta. E não era para ter? Com uma cantiga dessas, o melhor que poderia acontecer era a criança não dormir, sob pena de ter pesadelos...

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