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sábado, 19 de julho de 2014

DA SÉRIE: BIFÃO DE FÉRIAS...

Diário de um turista...

        Você sabe que o seu dia não começou bem, quando a companhia aérea manda chegar determinada hora e começa a despachar as bagagens uma hora e meia depois.
        Não bastasse isto, vai para São Paulo e no avião da conexão as “malas” que estão atrás de você começam a falar de assuntos agradabilíssimos para quem se prepara para decolar:
_ Avião com pane nas turbinas. Turbulências violentas. Avião derrubado na Ucrânia. Um dos malas chegou a dizer que certa vez sonhou que estava dormindo e quando acordou o avião estava caindo...
        Era tanto papo besta, que eu já estava vendo um monstrinho comendo a fiação das asas do avião, tipo o filme “Twilight Zone”. Meu Deus. As malas não paravam. E o pior de tudo é que eu nem podia pedir para saltar.
        Cerca de 30 minutos depois da decolagem, finalmente, as malas pararam de falar de desastres ou quase desastres aéreos. Mas não calaram a boca.
_ Jesus. Mais duas horas e meia daqueles dois falando e eu já achava uma boa idéia as máscaras de oxigênio cair sobre nós.  Talvez assim eles parassem.
        Quando finalmente (e milagrosamente) os caras pararam, foram as crianças que começaram o falatório. Aquele avião devia ser uma creche. Havia pelo menos umas 30 delas. Algumas choravam, outras riam. Umas dormiam e dois moleques, algumas poltronas à frente, simplesmente brincavam de “avião”
_ Meu avião está caindo! _ dizia um deles enquanto jogava seu brinquedo contra o encosto da poltrona.
        Amigos, foram a três horas mais longas da minha vida. Quando o piloto, finalmente, disse que o pouso havia sido autorizado, quase fui à cabine abraçá-lo.
        No caminho para o hotel a guia lembrou que a cidade não é uma das mais perigosas do Brasil, com dizem as estatísticas.
_ Só evitem andar com celulares, máquinas fotográficas e dinheiro à vista. _ disse ela com aquela calma peculiar dos nordestinos.
        Ao ouvir aquilo pensei:

_ Em vez de vir para Fortaleza, voltei para o Rio de Janeiro...

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