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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

DA SÉRIE: HISTORINHAS DO BIFÃO...

O Bebum do Metrô...

            Há um dito popular que diz: “Deus protege os bebuns”. E, cá pra nós, assim como as gordinhas, eles parecem me adorar. Miram em mim e pronto. Estava no metrô indo para o trabalho, na noite de terça-feira, quando um parou na minha frente.
_ É aqui Botafogo?
_ Não. Ainda falta muito. _ disse a ele
_ Como falta? _ ele me puxou pela mão e mostrou o painel na porta_ Aqui tá verde em Botafogo.
_ Sim. _ fiz um esforço para não rir. _ Só que, se o senhor não reparou, há outras estações em verde. Botafogo é a última. Repare que quando o trem sai de cada estação a luz verde se apaga.
_ Ah. _ ele me olhou com estranheza _ Não entendi nada. Repete.
_ Olha. A do Maracanã apagou agora. A próxima a apagar vai ser a estação de São Cristóvão. É assim que funciona. _ achei que havia sido bem claro.
            Não satisfeito ele perguntou:
_ E por que a linha de baixo está toda apagada. Inclusive a Central?
_ É a linha 1. Só vai acender quando estiver na Central, entendeu?
_ Então acende na Central!?
_ É.
_ Então vou ficar lá.
_ Mas o senhor não ia para Botafogo? _ perguntei de inocente
_ Nem sei mais de nada. Obrigado._ ele apertou a minha mão e se apresentou_ Cláudio.
            Amigos, o Cláudio que pronunciou veio acompanhado de um vapor de Caninha 51, misturada com Velho Barreiro e Caninha da Roça. Se eu tivesse que fazer exame de bafômetro em poucas horas, com certeza, seria reprovado.  Aquilo entrou nas narinas e com certeza, já havia se misturado à minha corrente sanguínea. Duas horas depois eu ainda podia sentir o bafo.
            Ele foi sentar em um banco e eu voltei para o meu, de onde havia sido arrancado pelo “bebum”. Ele ainda chamou por um amigo que não sei se existe, pois não houve resposta. Era para o suposto cidadão sentar ao lado dele.
Distrai-me com as mensagens no Whatsapp e não vi mais o Cláudio. Não sei se ele saltou na Central, ou não. Para Botafogo garanto que ele não foi. Não naquela composição.

Por isso que digo que o dito popular está certo. Só Deus para protege um “bebum” naquelas condições...

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