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segunda-feira, 8 de junho de 2015

DA SÉRIE: HISTORINHAS DO BIFÃO...

Saravá. Macumba on line...

         O mundo está informatizado. Aonde quer que você vá a informática está no comando. No trem, no metrô, no sinal de trânsito, na sua TV, no seu telefone celular. O mundo todo está literalmente conectado. Quem não dominar o mínimo de informática, está vivendo com dois séculos de atraso.
         Mas algumas coisas estão erradas. Nem tudo pode ser transferido para dentro do computador. Respeito todas as religiões, mas há aqueles que extrapolam e, por isso, não há como levar a sério.
         Se levarmos em consideração que os tempos estão bicudos, a coisa tá preta (para os fiscais de plantão: a coisa tá afro descendente em termos financeiros) e tem gente economizando o que pode, veremos que até as religiões estão sofrendo com a crise. Muita gente que, por exemplo, colocava galinhas nos despachos das encruzilhadas, está partindo para as caixinhas de “Caldo de galinha Knorr” ou “Maggi”.  Sai mais em conta. As garrafas de cachaça estão sendo substituídas por “caipirinha em pó”, pois um pacote pode render vários despachos...
         Mas, falando sério. Fui surpreendido outro dia com um anuncio que dizia: “macumba on line”. Até uma velinha acesa eu vi na tela do computador.
_ Como assim? – Deve estar perguntando a senhora_ Como alguém pode fazer essas coisas em sites?
         Pois é, minha cara leitora, meu caro leitor. Estou aqui queimando os neurônios para lhes dar estas respostas. Fico imaginando os “Pretos Velhos” (Perdão. Para não ser processado, serei politicamente correto: “Afro descendentes com idade muito avançada”) vão fazer para consultar vocês “mizifios”? Onde vão estar os bancos de madeira para eles sentarem? A fumaça do cachimbo deles pode ser considerada “vírus”?
_ E como ficam os despachos nas encruzilhadas? _ mais uma vez a senhora vai me perguntar.
Acredito que os adeptos das religiões afro, em vez de “arriar despachos”, vão fazer “downloads” nos cruzamentos do Google maps ou do Google Earth?
_ E se eu quiser o meu amor de volta? _ perguntará a senhora (Que já está ficando mala com essas perguntas).
         Bom, acho que o “pai de santo” on line promete trazê-lo de volta em três mil visualizações ou qualquer coisa parecida...
         É muita exploração da fé alheia. Neguinho (ops: afro descendente de tamanho reduzido) tá apelando pra tudo. O negócio é arrancar uma grana dos incautos. E o pagamento pode ser feito no cartão de crédito ou no débito. Em alguns casos, até no boleto bancário. Mas até aí tudo bem, outras religiões já usam desse expediente.
_ Mas como é que São Jorge (Ogum nas religiões afro) vai vir?
         Bom, minha senhora (véi essa mulher não para de perguntar), acho que na “macumba on line” ele deve vir montado em um “Cavalo de Tróia”.
_ E quem precisar de um banho de descarga? (Ói ela de novo)
 _ Os caminhos do cliente da “ciber macumba” vão se abrir depois que ele tomar um banho de descarga da McAfee, que detecta, bloqueia e remove o “vírus do olho grande”.
         Para as obrigações, o cidadão vai poder oferecer imagens de galinhas (preta, branca, amarela, d’angola), bodes e outros bichos.
_ E as músicas de terreiro?
_ Bom, elas podem ser baixadas no Google Play... (Chega de perguntas, mulher...)

         Portanto, mizifios, diante de tudo que vocês viram aqui, é claro que não se pode levar a tal de “macumba on line” a sério. Não há como. É muita cara de pau. E o pior de tudo é que tem gente que ainda cai nessas furadas. Saravá suas bandas ou seus sites, sabe-se lá quem está lendo...

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